terça-feira, 7 de setembro de 2010

Narrativa curta - por Juliana do Amaral



Da natureza feminina

Nesta manhã, o marido acordará e não mais verá a esposa ao lado, na cama. Seguindo seus rastros, descobrirá roupas pelo chão e objetos derrubados na ânsia da libertação. E naquele momento, o homem entenderá que ela cumpriu o seu destino; rendeu-se à mulher selvagem que nela habitava. Não será necessário explicar nada; bastará sentir a lua cheia e o mar revolto, que saúdam a recém-chegada.

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Produção proveniente do sexto e do sétimo encontros do Círculo de Leitura e Produção Escrita


Um comentário:

  1. Lindo, Ju! Sempre me comovo com o instinto da mulher selvagem...
    Amanda

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